Última resenha não aconteceu

Cada vez que os clubes fazem burburinho pedindo premiação em dinheiro antes de subir no pódio dos campeonatos da Liga Joinvilense de Futebol vem a lembrança o que era feito há quase quatro décadas. As transmissões que o rádio fazia, numa época que o Youtube nem era imaginado, havia a Primeirona com apenas quatro times e com o acompanhamento da Rádio Cultura. Enquanto a Segundona bombava em participantes e um jogo por rodada entrava no ar pelas ondas da Rádio Difusora.

A diferença entre um campeonato minguado e outro com diversos participantes estava na maneira que os clubes tinham retorno. O acompanhamento da Difusora trazia uma ajuda aos clubes mandatários das rodadas. Isso ocorria com uma das cotas sendo revertida para o clube, que ajudava ao menos para cobrir as despesas com arbitragem. É por isso que Wilson França será sempre lembrado. Ele comandava a equipe da Difusora e pensava e agia para o coletivo.

Os detalhes deste sistema, que França colocou em prática e deu audiência para suas transmissões e fez uma grande parte dos clubes aderirem à Segundona, seria a resenha que estava agendando há menos de dois meses com esta fera da comunicação. Os desencontros não permitiram que tivéssemos esta conversa para esclarecer como era colocado em prática. Nos tempos atuais, com outras formas de transmissões dos jogos da LJF e cada uma destas opções precisando de dindin para sobreviver, fica a dica para começar por aí a forma de agradar os dirigentes que não cansam de pedir a alteração da forma e do jeito das premiações dos campeonatos amadores.

É difícil uma conversa sobre dinheiro, muito mais quando é preciso vem a sugestão de tirar do próprio bolso e dividir com outros. Sobre o assunto, Alessandro Cesar já apresentou sugestões para direção da LJF e que dificilmente serão colocadas em prática. Para os clubes terem uma premiação em dinheiro, a única alternativa é tentar uma vaga na Copa do Brasil e depois chegar numa Sul-americana e na concorrida Libertadores. Aí seria a redenção financeira.

Fonte: Roberto Dias Borba